Introdução de Novos Alimentos ao Bebê: Guia Completo
A introdução de novos alimentos na dieta do bebê é um passo importante e deve ser feita com cuidado e planejamento. Os especialistas recomendam que novos alimentos sejam oferecidos ao bebê somente após os 6 meses de idade. Até então, o leite materno fornece todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento saudável e oferece anticorpos que protegem contra diversas doenças.
Quando iniciar a introdução alimentar
Os pediatras afirmam que tanto bebês alimentados com leite materno quanto aqueles que tomam fórmula de leite devem começar a alimentação sólida a partir dos 6 meses, a menos que haja uma orientação específica do pediatra devido a questões de saúde particulares. No caso de bebês que consomem leite de vaca diluído por falta de condições de adquirir fórmula infantil, a introdução alimentar pode ser recomendada a partir dos 4 meses. Isso ocorre porque o leite de vaca diluído não contém os nutrientes adequados para a criança maiorzinha. No entanto, é essencial discutir cada situação com o médico que acompanha o bebê para garantir que a alimentação será adequada.
Primeiros passos para a introdução alimentar
A introdução alimentar pode começar com a oferta de um lanche de fruta ralada ou amassada no meio da manhã e no meio da tarde, além de um pratinho de comida na hora do almoço. A chamada papa salgada pode inicialmente ser feita com um legume, uma verdura e um tubérculo cozidos em caldo de carne ou frango, como cenoura, batata e chuchu, e amassados com o garfo.
Rotina de novos alimentos para o bebê
Os pediatras geralmente sugerem que as frutas sejam a primeira novidade na dieta do bebê, a partir dos 6 meses de idade. Anos atrás, era comum a recomendação de iniciar a introdução alimentar com suco, como o de laranja-lima. Hoje, os pediatras preferem priorizar as fibras e a textura das frutas.
Apresente as frutas aos poucos, de manhã e à tarde. Ofereça uma de cada vez para observar possíveis reações. Espere dois ou três dias até introduzir outra fruta, especialmente se seu bebê ou sua família têm histórico de alergia. De início, pode ser que o bebê não aprecie muito o gosto da fruta, mas vale a pena insistir para, aos poucos, educar o paladar da criança. Pode demorar até dez tentativas para ela aceitar a novidade.
Experimente raspar ou amassar banana (prata, maçã ou nanica), pêra ou maçã (crua ou cozida) e dar com uma colher pequena, aumentando a quantidade à medida que o bebê demonstrar mais interesse. Outra possibilidade, para bebês com desenvolvimento motor e capacidade de mastigação bem adiantados (o que não é a regra para 6 meses), é oferecer a fruta em pedaços, para que ele pegue com a mão e leve à boca.
Identificando a saciedade do bebê
O apetite do bebê varia a cada refeição, por isso é importante prestar atenção aos sinais que ele dá. Quando a criança se recusa a abrir a boca para a próxima colher, vira o rosto ou começa a brincar com a comida, é porque provavelmente está satisfeita. Não se preocupe demais achando que o bebê não come bem por causa de uma única refeição ou dia. O importante é observar a qualidade e a quantidade dos alimentos ingeridos ao longo de uma semana ou mais. Tenha em mente que a quantidade total de comida para um bebê de 6 meses é de cerca de duas a três colheres de sopa.
Melhor forma de introduzir alimentos na dieta do bebê
Cada alimento deve ser introduzido gradualmente — e de preferência um por vez. O bebê precisa de tempo para se acostumar aos novos gostos e à consistência dos alimentos. Além disso, a introdução gradual de diferentes alimentos possibilita que você identifique os sinais de uma possível reação alérgica, como a presença de diarreia, dores de barriga ou manifestações cutâneas. Experimente um alimento novo a cada dois ou três dias, começando com frutas e depois introduzindo legumes e verduras, que são mais fáceis de digerir do que as carnes.
Dicas importantes para a introdução alimentar
Depois do passo inicial da nova dieta com as frutas, você pode tentar introduzir uma comida “salgada”, feita com muito pouco ou nenhum sal, na hora do almoço. Quando perceber que seu filho já está comendo bem a comidinha do almoço, ofereça uma também na hora do jantar. Caso o bebê demonstre não ter gostado da experiência, tente oferecer o mesmo alimento alguns dias depois. Pode ser que a reação seja a mesma, mas não desista, porque muitas vezes as crianças acabam se acostumando aos novos sabores.
Saiba que:
- Não se deve dar mel às crianças até 1 ano de idade devido ao risco de botulismo infantil. Após essa idade, os especialistas recomendam evitar mel, melado, rapadura ou qualquer tipo de açúcar até os 2 anos, para prevenir obesidade, dificuldade de aceitar alimentos salgados e deterioração dos dentes. Portanto, mesmo depois dessa idade, certifique-se da procedência do mel e de que tenha um selo de fiscalização do Ministério da Agricultura, evitando produtos caseiros.
- Muitos pediatras recomendam o uso de vitaminas e ferro nessa fase, dependendo da dieta do bebê e do tipo de leite que ele toma. Principalmente nas regiões Sul e Sudeste, os médicos preferem receitar vitamina A e D para as crianças, devido à menor exposição ao sol. A administração de ferro é determinada caso a caso, sendo mais comum em alguns casos, como em prematuros.
Confira nosso artigo “Dar Mel para o Bebê: Riscos e Alternativas“
Mudanças no aspecto das fezes do bebê
Com a introdução de alimentos sólidos, o aspecto das fezes do bebê tende a mudar de cor e odor. Isso é normal. Além disso, alguns alimentos prendem, enquanto outros soltam o intestino. Converse com o pediatra caso as fezes estejam duras demais e causando dor para sair.
A introdução de novos alimentos ao bebê é um processo gradual e cheio de descobertas. Seguindo essas orientações, você garante uma transição tranquila e saudável para seu filho.
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